segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A CLASSE C QUER COMIDA DIVERSÃO E ARTE

Um levantamento inédito com o público que compõe a nova classe média traz nova perspectiva sobre o recente aumento de poder aquisitivo da população. Depois de comprar carro, casa e celular, a classe C quer consumir lazer e cultura. Quer estudar mais e se qualificar profissionalmente, mas também quer discutir com profundidadade os problemas do Brasil.
O retrato descrito acima aparece na pesquisa Breakconsumers, produzida pelas publicitárias Laura Chiavone e Ana Kuroki, sócias da empresa de pesquisas Limo Inc. A revista
Carta Capital publicou reportagem com os detalhes da pesquisa, que ouviu 2.016 pessoas em cinco capitais brasileiras – São Paulo, Rio, Goiânia, Salvador, Porto Alegre.
Em entrevista ao Conversa Afiada, Laura Chiavone destacou que o acesso ao consumo também abriu à classe C – formada por pessoas com renda familiar meda de R$ 1,6 mil – o acesso ao universo da comunicação e da cultura. “Vimos pessoas de baixa renda preocupadas com questões como a crise do Oriente Médio e a taxa Selic no Brasil”, disse. O estudo também deu origem ao documentário Breakonsumers - que já dispõe de um
trailler circulando na internet.
Laura acredita que a redução do consumo, que deverá ocorrer como conseqüência da crise financeira e da restrição de crédito, poderá ser benéfica. “As pessoas estavam começando a se endividar sem ter tido nenhum tipo de orientação prévia”, afirmou. Outra conseqüência importante relacionada a esse perfil de consumo, voltado à informação, diz Laura, se refere ao aumento da capacidade crítica da população. “Com mais acesso aos jornais, TV a cabo e internet, as pessoas aumentam a capacidade de ter opinião sobre qualquer assunto”, diz a pesquisadora. “Tornam-se agentes ativos da comunicação”, completa.


Fonte: Paulo Henrique Amorim

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